segunda-feira, 12 de maio de 2008

...minimalismo tupiniquim...

O título é apenas uma ironia. O Neoconcretismo não realmente é uma versão brasileira do movimento americano, mas partilha de muitos pontos. Um deles é a crítica ao positivismo na arte, defendendo a fenomenologia, dessa forma assumindo ao trabalho artístico características subjetivas tanto inerentes ao material quanto ao observador que visita a exposição.


O Neoconcretismo é a famosa briga da arte no rio contra a paulistana, onde dominavam os concretos. Picuinhas à parte, o Neoconcretismo é praticamente a primeira tendência moderna completamente brasileira, desenvolvida a partir de tendências européias.

Os pontos divergentes do minimalismo americano e do neoconcretismo é, além de outras coisas, no ponto quanto ao papel da indústria no trabalho. Enquanto os minimalistas lançavam mão dessa não só em seus materiais, mas no modo de contruílas, os neoconcretos negam a indústria e seu papel dentro de uma obra de arte, reagindo dessa forma a um dos pontos do construtivismo.

Ambos também assumem em suas obras o quesito tempo. Os construtivistas, como Naum Gabo, o fizeram introduzindo motores e movimento em suas obras. Já o minimal e o neoconcreto o fizeram introduzindo o observador no contexto da obra, sendo seu tempo de interação e de observação da obra o ponto diferencial.

A obra acima é de Hélio Oiticica, mas não encontrei seu nome. Visitem a página da sua retrospectiva que aconteceu na Tate Modern , em londres.

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