terça-feira, 1 de abril de 2008

...pesquisa espacial...

Depois de um longo período sem novas postagens por conta de um serviço que consumia grande parte do meu tempo, retorno às postagens. Espero que agora mais constante que antes.


E por conta de um novo projeto que inicio agora, postarei mais constantemente sobre artistas minimalistas, já que será meu tema de pesquisa por um bom tempo. Mesmo assim, obras pré-minimalistas, pós-minimalistas, etc, serão comentadas pois participam desse universo tão rico e fascinante da minimal art.

Donald Judd é considerado um dos primeiros artistas a iniciar o movimento minilamista. Porém, ele, entre outros artistas de sua época, não se consideravam como tal. No entanto atribuir uma "classificação" a artistas não é simplesmente para separá-los num grupo e como que retirá-los do grande campo geral das artes plásticas, mas para facilitar o entendimento de seus trabalhos, uma vez que há características mais gerais em seus trabalhos e outras mais específicas, que os diferem dos demais.

O trabalho de Judd, assim como dos outros artistas minimalistas, está intimamente ligado ao processo industrial: objetos seriados, com materiais não comuns ao universo artístico, mas ao universo industrial e do cotidiano das pessoas. No trabalho ao lado, "Sem título", é possível observar essas caacterísticas: "quadrados" de mesmo tamanho, de disposições idênticas, e intervalados por espaços milimetricamente arranjados. Seu material é o alumínio nas laterais das peças, e acrílico nas bases e coberturas, permitindo uma visualização completa dos objetos: tanto interna quanto externa. O uso do acrílico colorido demonstra uma das pesquisas visuais próprias de Judd: a percepção espacial em de meios não usuais. A luz penetra nas peças, mas pela disposição em pilha dos objetos, a sombra predomina, e a incidência da luz é diferente em cada objeto, a pesar de serem iguais. Segundo David Batchelor, essa é uma constante nos trabalhos de Judd: muitos deles são parecidíssimos, mas não iguais, pois o que Judd pretende é mostrar como diversos materiais em diversas cores e diversas formas interagem entre si e o ambiente. Não há um modelo de trabalho, um padrão, mas diversos trabalhos que interagem de certa maneira entre si, mantendo sua leitura própria e única. Para ilustrar esse ponto, acrescentei uma foto da mesma linha de esculutras em pilha. É clara a divergência que cada peça possui e as diferentes formas que mabas interagem com o ambiente.

Para mais trabalhos de Judd, visitem o site da Judd Foundation.



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