Depois de um longo período sem novas postagens por conta de um serviço que consumia grande parte do meu tempo, retorno às postagens. Espero que agora mais constante que antes.
E por conta de um novo projeto que inicio agora, postarei mais constantemente sobre artistas minimalistas, já que será meu tema de pesquisa por um bom tempo. Mesmo assim, obras pré-minimalistas, pós-minimalistas, etc, serão comentadas pois participam desse universo tão rico e fascinante da minimal art.
Donald Judd é considerado um dos primeiros artistas a iniciar o movimento minilamista. Porém, ele, entre outros artistas de sua época, não se consideravam como tal. No entanto atribuir uma "classificação" a artistas não é simplesmente para separá-los num grupo e como que retirá-los do grande campo geral das artes plásticas, mas para facilitar o entendimento de seus trabalhos, uma vez que há características mais gerais em seus trabalhos e outras mais específicas, que os diferem dos demais.
O trabalho de Judd, assim como dos outros artistas minimalistas,
está intimamente ligado ao processo industrial: objetos seriados, com materiais não comuns ao universo artístico, mas ao universo industrial e do cotidiano das pessoas. No trabalho ao lado, "Sem título", é possível observar essas caacterísticas: "quadrados" de mesmo tamanho, de disposições idênticas, e intervalados por espaços milimetricamente arranjados. Seu material é o alumínio nas laterais das peças, e acrílico nas bases e coberturas, permitindo uma visualização completa dos objetos: tanto interna quanto externa. O uso do acrílico colorido demonstra uma das pesquisas visuais próprias de Judd: a percepção espacial em de meios não usuais. A luz penetra nas peças, mas pela disposição em pilha dos objetos, a sombra predomina, e a incidência da luz é diferente em cada objeto, a pesar de serem iguais. Segundo David Batchelor, essa é uma constante nos trabalhos de Judd: muitos deles são parecidíssimos, mas não iguais, pois o que Judd pretende é mostrar como diversos materiais em diversas cores e diversas formas interagem entre si e o ambiente. Não há um modelo de trabalho, um padrão, mas diversos trabalhos que interagem de certa maneira entre si, mantendo sua leitura própria e única. Para ilustrar esse ponto, acrescentei uma foto da mesma linha de esculutras em pilha. É clara a divergência que cada peça possui e as diferentes formas que mabas interagem com o ambiente.

Para mais trabalhos de Judd, visitem o site da Judd Foundation.
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