segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

...construtivismo...

Kandinsky inicia a abstração com uma pequena aquarela em 1910. Malevich começa o suprematismo com Quadrado Preto sobre fundo Branco. Tatlin inicia seus relevos. E assim começa a odisséia do construtivismo. Depois o Neoplasticismo, por fim, sob o nome genérico que engloba a todos meios de abstração geométrica, arte Concreta.

Lázlo Moholy-Nágy, artista partidário dessa teoria construtivista, e professor da Bauhaus, desenvolveu uma vasta pesquisa nesse campo, se destacando no campo da ótica e iluminação.


Nesse trabalho, Mobile, de 1940, Moholy-Nágy resume toda sua pesquisa sobre luz e espaço. Justamente essa pesquisa desencadeiraria nos trabalhos de Flávin, como mencionado em post anterior. O nome Mobile já mostra a natureza da escultura: uma peça pendurada, deslocada do chão. É possível observar que é feita de plexiglass, um material escolhido a dedo pelo artista, pois remete à tecnologia, industria, e toda essa temática bastante em voga naquele período. Esse material, plexiglass, é transparente, portanto, permite a passagem da luz, e a luz passa de maneira diferente no meio dela e nas pontas. A obra de arte, assim, não está apenas no material, mas está no objeto, no seu movimento pelo vento, na luz que reflete dele, e na luz que o atravessa e se projeta sobre a superfície abaixo dele. E diferentes tipos de luz produzem diferentes tipos de reflexo.

Você pode encontrar mais trabalhos do artista no site The Moholy-Nágy Foundation. Vale a pena.

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